Na volta do time A ao Carioca, Rubro-Negro tem vitória fácil contra adversário que pouco lhe exigiu
Por Thiago Lima — Rio de Janeiro
No retorno do grupo principal após a pré-temporada nos Estados Unidos, o Flamengo voltou aos trilhos no Campeonato Carioca e venceu o Sampaio Corrêa no Mangueirão na noite de quarta-feira. Ao contrário do que sugere o placar de 2 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo abaixo), foi um triunfo tranquilo do Rubro-Negro em um jogo de pouco proveito diante da fragilidade de um adversário que pouco lhe exigiu.
Na entrevista coletiva após a partida, Tite destacou que o Flamengo venceu sem sofrer sustos. De fato, o time não deu nenhuma chance de gol ao Sampaio Corrêa ao longo dos 90 minutos mais acréscimos (algo raro de acontecer numa partida futebol de primeira divisão, mesmo que estadual). Depois do jogo, dava até para o Rossi dispensar a lavanderia e guardar o uniforme, que nem sujou.
Por Thiago Lima — Rio de Janeiro
No retorno do grupo principal após a pré-temporada nos Estados Unidos, o Flamengo voltou aos trilhos no Campeonato Carioca e venceu o Sampaio Corrêa no Mangueirão na noite de quarta-feira. Ao contrário do que sugere o placar de 2 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo abaixo), foi um triunfo tranquilo do Rubro-Negro em um jogo de pouco proveito diante da fragilidade de um adversário que pouco lhe exigiu.
Na entrevista coletiva após a partida, Tite destacou que o Flamengo venceu sem sofrer sustos. De fato, o time não deu nenhuma chance de gol ao Sampaio Corrêa ao longo dos 90 minutos mais acréscimos (algo raro de acontecer numa partida futebol de primeira divisão, mesmo que estadual). Depois do jogo, dava até para o Rossi dispensar a lavanderia e guardar o uniforme, que nem sujou.
Massacre nas estatísticas
Por outro lado, se o placar esconde, o domínio rubro-negro fica evidente nos outros números da partida: mesmo poupando alguns titulares (Pedro, Cebolinha, Fabrício Bruno e Varela), o Flamengo teve 62% de posse de bola (bateu 66% no primeiro tempo); 18 finalizações contra cinco, e 10 chances de gol (seis delas na etapa inicial que foi muito elogiada por Tite).
A primeira foi logo aos sete minutos, em uma cabeçada de David Luiz no cantinho que o goleiro foi buscar. Dois minutos depois, Bruno Henrique abriu o placar aproveitando rebote de Leandro após cobrança de falta de De la Cruz. Aos 13, Pulgar apareceu na área em um escanteio e acertou o travessão.
Aos 27, Arrascaeta recebeu na área com ângulo para finalizar, mas bateu cruzado buscando Gabigol, que quase alcançou. Cinco minutos depois, o camisa 10 fez um corta-luz que deixou o uruguaio na cara do gol, mas o chute saiu fraco. O segundo gol veio aos 41: Arrascaeta deu um bolão para Gabigol, que fez o movimento de facão nas costas do zagueiro e tocou na saída do goleiro.
Na volta do intervalo, Tite decidiu poupar mais dois jogadores e trocou Pulgar e Gerson por Allan e Luiz Araújo. O time perdeu qualidade, mas ainda assim criou mais quatro chances. Aos nove minutos, Gabigol recebeu um bolão de De la Cruz na área, só que demorou demais para chutar e foi bloqueado. Dois minutos depois, Bruno Henrique roubou uma bola e rolou na entrada da área para Arrascaeta, que finalizou mal, no meio do gol.
As últimas duas oportunidades foram na bola parada: aos 13, em uma cobrança de falta rápida, Luiz Araújo recebeu na área com extrema liberdade, mas mandou na rede pelo lado de fora. E aos 26, Arrascaeta cobrou falta levantando com açúcar para Bruno Henrique, que entrava livre na segunda trave, mas David Luiz tentou alcançar e acabou tirando o doce da boca do atacante.
Porém, não dá para se iludir com o desempenho. Estreante na elite do futebol carioca, o Sampaio Corrêa é o penúltimo colocado do campeonato com apenas um ponto e um jogo a mais do que o lanterna Audax. Em cinco partidas, foram quatro derrotas e um empate de 3 a 3 com os reservas do Vasco. O adversário não serve de parâmetro para avaliar a evolução do Flamengo após a pré-temporada.
Por outro lado, se o placar esconde, o domínio rubro-negro fica evidente nos outros números da partida: mesmo poupando alguns titulares (Pedro, Cebolinha, Fabrício Bruno e Varela), o Flamengo teve 62% de posse de bola (bateu 66% no primeiro tempo); 18 finalizações contra cinco, e 10 chances de gol (seis delas na etapa inicial que foi muito elogiada por Tite).
A primeira foi logo aos sete minutos, em uma cabeçada de David Luiz no cantinho que o goleiro foi buscar. Dois minutos depois, Bruno Henrique abriu o placar aproveitando rebote de Leandro após cobrança de falta de De la Cruz. Aos 13, Pulgar apareceu na área em um escanteio e acertou o travessão.
Aos 27, Arrascaeta recebeu na área com ângulo para finalizar, mas bateu cruzado buscando Gabigol, que quase alcançou. Cinco minutos depois, o camisa 10 fez um corta-luz que deixou o uruguaio na cara do gol, mas o chute saiu fraco. O segundo gol veio aos 41: Arrascaeta deu um bolão para Gabigol, que fez o movimento de facão nas costas do zagueiro e tocou na saída do goleiro.
Na volta do intervalo, Tite decidiu poupar mais dois jogadores e trocou Pulgar e Gerson por Allan e Luiz Araújo. O time perdeu qualidade, mas ainda assim criou mais quatro chances. Aos nove minutos, Gabigol recebeu um bolão de De la Cruz na área, só que demorou demais para chutar e foi bloqueado. Dois minutos depois, Bruno Henrique roubou uma bola e rolou na entrada da área para Arrascaeta, que finalizou mal, no meio do gol.
As últimas duas oportunidades foram na bola parada: aos 13, em uma cobrança de falta rápida, Luiz Araújo recebeu na área com extrema liberdade, mas mandou na rede pelo lado de fora. E aos 26, Arrascaeta cobrou falta levantando com açúcar para Bruno Henrique, que entrava livre na segunda trave, mas David Luiz tentou alcançar e acabou tirando o doce da boca do atacante.
Porém, não dá para se iludir com o desempenho. Estreante na elite do futebol carioca, o Sampaio Corrêa é o penúltimo colocado do campeonato com apenas um ponto e um jogo a mais do que o lanterna Audax. Em cinco partidas, foram quatro derrotas e um empate de 3 a 3 com os reservas do Vasco. O adversário não serve de parâmetro para avaliar a evolução do Flamengo após a pré-temporada.
O que dá para tirar?
Recomposição de De la Cruz: Tite voltou a escalar um meio de campo mais técnico e com quatro jogadores (Pulgar, Gerson, De la Cruz e Arrascaeta). Com essa formação no setor, o time esteve muito exposto no empate em 1 a 1 com o Orlando City em amistoso nos Estados Unidos. A sensação é que para funcionar Gerson e De la Cruz vão precisar correr bastante para trás e ajudar na marcação.
E o uruguaio mostrou ser capaz disso. Onipresente em campo até ser substituído no intervalo, De la Cruz fez bem a recomposição pelo corredor direito e mesmo jogando só um tempo foi quem mais desarmou no jogo, com quatro desarmes. Acertou 37 passes e errou 10. E no ataque, flutuou pelos dois lados, deu uma finalização e um bolão que deixou Gabigol na cara do gol (veja no campinho abaixo todos os locais de passes e desarmes do meia no jogo).
Confiança de Gabigol: o ídolo rubro-negro enfim ganhou a sua primeira chance como titular na "Era Tite" no Flamengo e aproveitou. Ainda longe de ser brilhante, mas o atacante se movimentou bem, não errou nenhum passe dos 14 que tentou, foi quem mais finalizou do time junto com Arrascaeta (quatro chutes), e fez um gol lembrando os velhos tempos: facão e batida consciente, tirando do goleiro.
Ainda é pouco para ganhar a concorrência com Pedro, artilheiro do time em 2023 e também neste início de temporada, com três gols. Mas depois do jejum de Gabigol de seis meses sem marcar com a bola rolando, o gol no Mangueirão certamente dá mais confiança para o atacante buscar a volta por cima após passar um ano inteiro em baixa.
Recomposição de De la Cruz: Tite voltou a escalar um meio de campo mais técnico e com quatro jogadores (Pulgar, Gerson, De la Cruz e Arrascaeta). Com essa formação no setor, o time esteve muito exposto no empate em 1 a 1 com o Orlando City em amistoso nos Estados Unidos. A sensação é que para funcionar Gerson e De la Cruz vão precisar correr bastante para trás e ajudar na marcação.
E o uruguaio mostrou ser capaz disso. Onipresente em campo até ser substituído no intervalo, De la Cruz fez bem a recomposição pelo corredor direito e mesmo jogando só um tempo foi quem mais desarmou no jogo, com quatro desarmes. Acertou 37 passes e errou 10. E no ataque, flutuou pelos dois lados, deu uma finalização e um bolão que deixou Gabigol na cara do gol (veja no campinho abaixo todos os locais de passes e desarmes do meia no jogo).
Confiança de Gabigol: o ídolo rubro-negro enfim ganhou a sua primeira chance como titular na "Era Tite" no Flamengo e aproveitou. Ainda longe de ser brilhante, mas o atacante se movimentou bem, não errou nenhum passe dos 14 que tentou, foi quem mais finalizou do time junto com Arrascaeta (quatro chutes), e fez um gol lembrando os velhos tempos: facão e batida consciente, tirando do goleiro.
Ainda é pouco para ganhar a concorrência com Pedro, artilheiro do time em 2023 e também neste início de temporada, com três gols. Mas depois do jejum de Gabigol de seis meses sem marcar com a bola rolando, o gol no Mangueirão certamente dá mais confiança para o atacante buscar a volta por cima após passar um ano inteiro em baixa.